
Quando Lourenço Moro decidiu recuperar aquela área tomada pela capoeira, o mato crescendo forte em meio ao parreiral abandonado, não imaginava o que iria encontrar pela frente. Numa parte mais alta da encosta do morro, algumas parreiras resistiam e continuavam desenvolvendo-se mesmo depois de tantos anos. Para sua surpresa, entre alguns pés de Isabel, encontrou uma muda da esquecida Peverella, primeira variedade vinífera introduzida na serra e, que em tempos passados era cultivada por toda Santa Lúcia, produzindo vinhos muito apreciados. Deveria ter cerca de 80 anos, foi o que conseguiu descobrir conversando com vizinhos mais antigos. Cuidou bem daquela parreira naquele ano, no inverno selecionou as melhores varas para a produção de novas mudas. Finalmente preparou os garfos e enxertou sobre cavalos que havia plantado na primavera anterior.
Hoje o parreiral está formado, as mudas estão produzindo. São poucas, uma única fila junto a uma área de Cabernet Sauvignon. A quantidade, junto com outros vinhos, é suficiente para o consumo da família.
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