El vino da brillantez a las campiñas, exalta los corazones, enciende las pupilas y enseña a los pies la danza. José Ortega y Gasset (1883-1955).

quinta-feira, 8 de julho de 2010

El chimichurri de Madame Ninna

A origem da palavra é bastante controversa, parece ser basca, tximitxurri significaria misturinha; ou inglesa, teria sido criada por um rico negociante de pedras semi-preciosas, pratarias, gêneros alimentícios e finas especiarias, muito popular entre as dançarinas da Calle Esmeralda e que seria conhecido como Jimmy The Curry, ou talvez, ou então, e muito simplesmente, uma confusão lingüística qualquer. Jimmy, homem avançado para seu tempo, cordial, bem sucedido tornou-se uma referência entre os grandes atacadistas de Buenos Aires, todos queriam ser como ele e inconscientemente começaram a copiar seus trejeitos, falas e maneiras, e logo “give me the curry”, transformou-se em “tche me passa el curry”, “che mi curry” depois, chegando ao “chimichurri” ainda no início do século XX, a forma que conhecemos em nossos dias.
Discussões etimológicas a parte, a verdade que o chimichurri é um excelente molho, ótimo acompanhamento para carnes, assados, matambres, churrascos, grelhados, parrillas, cortes de picanha, assados de tira, paletas de cordeiro, empanadas, salteñas e pães especiais.
Hoje, trouxe um vidro para usar na cozinha de minha casa, foi especialmente preparado por Nina Moreno, minha cantante preferida. É uma receita uruguaia preparada com muito carinho. Traz aromas marcantes que surgem e se abrem como se estivessem acompanhados por notas de tango, acordes rasgados de guitarra, lamentos distantes de bandoneon, buscando recuerdos de um tempo perdido e de velhas canções de seu Recanto Latino.
É feito no maior capricho, leva adobo uruguaio legítimo, pimentas vermelhas de Turuçu, alho picado, cebola, salsa, ervas secretas, óleo de girassol e um pouco de azeite lusitano. Para provar a primeira vez, é melhor experimentar com pão branco.

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