El vino da brillantez a las campiñas, exalta los corazones, enciende las pupilas y enseña a los pies la danza. José Ortega y Gasset (1883-1955).

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Grand Cru promove Grand Tasting em Porto Alegre


Participantes do evento poderão degustar o que há de melhor na carta da importadora em diferentes estações temáticas

A Grand Cru promoverá no dia 19 de agosto, em Porto Alegre (RS), seu Grand Tasting, a feira de vinhos considerado o mais importante acontecimento da agenda de degustações da importadora. O evento visa atender a demanda dos clientes, que mostram cada vez mais interesse pelo universo dos vinhos.

No evento, os vinhos serão dispostos em 9 estações com os seguintes temas:

- Verticais: A evolução do tempo sobre o vinho. Duas marcas de destaque do Novo e Velho Mundo. Casa Real é um ícone do Chile e La Cueva del Contador é um dos grandes nomes da Espanha com 97 pontos de Robert Parker;

- Shiraz x Syrah: Sua terra natal é o Vallée du Rhône, na França, mas produz ótimos exemplares pelo mundo;

- Cortes TOP do Mundo: Vinhos de diferentes uvas que exaltam a maestria dos enólogos. Toda essa expressão em rótulos altamente reconhecidos pela crítica especializada;

- Pinot Noir do Mundo: Uva difícil de cultivar. Precisa de cuidado e atenção. Só consegue crescer em lugares muito específicos e remotos do mundo. De sabor delicado e requintado;

- Achados: Dez vinhos de regiões diferentes que superam a expectativa custo x benefício. Ícones que merecem espaço garantido em sua adega;

- Grandes Malbecs: Seis dos melhores vinhos elaborados na Argentina com a uva símbolo do país que o fez reconhecido em todo o mundo;

- Brunello di Montalcino: A melhor seleção deste ícone Toscano;

- Brancos: Sete brancos dos melhores terroirs do mundo;

- Estação Extra com a presença de Gillermo Barzi, proprietário da vinícola HUMBERTO CANALE: Fundada em 1909, esta vinícola teve papel primordial no desenvolvimento da região patagônica. Foi seu proprietário Humberto Canale quem mudou a situação precária existente na época, implantando um sistema de trabalho profissional. Quatro gerações mais tarde, a vinícola combina a sabedoria artesanal, vinhos feitos com o coração e emoção às mais modernas técnicas de produção.

Assim, os visitantes poderão degustar o que há de melhor relativo a cada um dos temas e alguns dos 500 rótulos com mais de 90 pts de Robert Parker e Wine Spectator que a Grand Cru oferece em seu portfólio. Excepcionalmente esta noite, a importadora concederá um desconto especial de 15% em todos os vinhos degustados.

Serviço:

Data: 19 de agosto de 2009 - (quarta-feira)

Local: Grand Cru - Rua Quintino Bocaiuva, 1447 - Rio Branco - Porto Alegre

Horário: 19h às 23h

Custo: R$ 180 / pessoa

Informações e reservas: (51) 3332-8043 ou infopoa@grandcru.com.br

RSVP: Diego

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Vinci Lançamentos e Descobertas

Recebi o último catálogo de vinhos da importadora Vinci. Em destaque aparecem alguns vinhos dos melhores produtores da América do Sul como os consagrados Errazuriz, Terra Andina, Kaiken, Bodegas Noemia, O.Fournier, La Posta e Luca. Percorrendo suas páginas, podemos encontrar vinhos surpreendentes como Minervois 2005 - Hecht&Bannier - uma das grandes descobertas do sul da França, ou o excepcional Gran Cru de Chablis, elaborado com maestria por Jean Paule e Benoit Droin, um dos domaines mais festejados das últimas safras, ou ainda o Chinon Le Pallus 2005, uma verdadeira raridade e a maior criação do talentoso Bertrand Sourdais. Com incrivel complexidade mostra o ponto máximo que a casta Cabernet Franc pode alcançar na região do Loire. Em delícias da Península Ibérica encontramos o Porto Ruby Reserva Quinta do Passadouro, o Mauro 2005 uma das inspiradas criações de Mariano Garcia, enólogo responsável por alguns dos mais memoráveis vinhos da Espanha e outros vinhos de Bodegas Viña Margaña, Quinta da Pacheca e Viña Tondonia (Lopes de Heredia). Mas existem outras seções com vinhos muito interessantes com em Grandes Ícones, Best Buy, Clássicos do Velho Mundo, Cortes Inusitados....

terça-feira, 28 de julho de 2009

Nem tudo é suco nas bebidas de frutas

Esta é a matéria de capa da Hortifruti Brasil, revista do CEPEA-ESALQ/USP em sua edição de julho/2009 – consulte a versão on-line neste link.

No editorial, as autoras Renata Pozelli Sábio e Camila Pires Pirillo analisam o impacto do mercado de bebidas de frutas industrializadas no segmento produtivo fruticultor e apontam algumas razões do baixo consumo de suco, propriamente, no pais.

Impossível não comparar com os 2 litros per capita de consumo de vinho no Brasil, e salta aos olhos o desempenho entre 2003 e 2008 onde praticamente dobrou o consumo de bebidas de frutas industrializadas prontas, passando de 3,5 litros por habitante para 6,6 litros, segundo dados da Associação Brasileira das Industrias de Bebidas não Alcoólicas (Abir). É de se perguntar por que permanecemos estagnados nestes 2,0 enquanto outros setores conseguem resultados tão surpreendentes num período de 5 anos.

Recomendo a leitura, muitas idéias do texto podem nos ajudar a pensar os caminhos de nossa viti-vinicultura.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Exportações do Novo Mundo do VInho

As exportações de Chile, Argentina, África do Sul, Nova Zelândia e Califórnia continuam a crescer apesar da tendencia de queda do mercado global de vinho. São dados de 2008. A Argentina exportou 23,8 milhões de caixas de 9 litros, no valor de US$550milhões, com um incremento de 14% em volume e 28% em valor. A Califórnia exportou 55 milhões de caixas no valor de US$ 1 bilhão, com um aumento de 8% em volume e 6% em valor. O Chile ocupa o primeiro lugar deste grupo, exportou 65,4 milhões de caixas no valor de US$1,4 bi, teve um ligeira queda de 3% em volume, mas compensou com um aumento de 10% em valor. A Nova Zelândia exportou 10,9 milhões de caixas no valor de US$574 mi, com um aumento de 19% em volume e valor. E A África do Sul exportou 45,2milhões de caixas no valor de US$778milhões com um incremento de 32% em volume e 47% em valor.
Recentemente foi criada a New World Wine Alliance com o objetivo de unir esforços dos cinco produtores, Austrália não quis integrar o grupo pois está mais focada no mercado do leste. Em março, quando é realizada a Pro Wein, em Dusseldorf, eles estarão participando em conjunto na feira com apresentação de seminários, palestras e encontros técnicos.

Fonte: Wines of Argentina

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A Feijoada de Cacá

Carlos Henrique Garcez Borges, o Cacá, é formado pela Escola de Gastronomia de Aires Scavone (EGAS), realizou estágios no Rio de Janeiro com Claude Troigros, e vem trabalhando com Marcelo Jacobi há dez anos, em Porto Alegre. Tem participado em todos ZH Gastronomia, Casa e Companhia, e recentemente passou uma temporada na Espanha, aprofundando seus conhecimentos em gastronomia molecular. Junto com Fabiane Penz dirige o Propasta, onde todos os sábados acontece aquela feijoada. Estive conversando com ele e perguntei como harmonizar vinho com esta tradicional comida brasileira.
V&V - Sem pensar em rótulos ou marcas, qual vinho mais indicado para acompanhar uma feijoada?
Cacá -Com a feijoada, eu prefiro um Carmenere, porque como acompanham outras coisas, banana frita, doce, aipim frito, e tambem servimos um caldo apimentado, eu acho que com a fritura é a grande pedida. Se fosse para acompanhar as carnes, tanto um paio, ou a carne de porco ou a lingüiça, então eu iria num outro, eu escolheria um Cabernet Sauvignon, isto se fosse servido separado, mas como a gente tem de ver tudo como uma coisa junta, e os clientes as vezes me chamam e me perguntam por um vinho, então eu indico o Carmenere.
V&V - Tu arriscarias a indicação de algum branco?
Cacá - Arriscaria, arriscaria sim.
V&V - Qual?
Cacá - Arriscaria um Chardonnay sem problema nenhum. Já tomei aqui comendo a feijoada, já tomei tambem com diversos tintos ou brancos. Porque as vezes tem pessoas que pedem um vinho branco e tenho a oportunidade de experimentar um pouco, e já tomo assim com este intuito de saber se fecha, e vejo que não tem problema nenhum, o branco vai muito bem. A gente tem um pouco de misticismo de achar que com peixe devemos tomar somente vinhos brancos e outras coisas assim. E eu vou te dizer que os dois anos que eu passei na Vinhos do Mundo, eu com Chefe da Vinhos do Mundo, tive oportunidade de experimentar vinhos caros, de diversas procedências, na degustação com os pratos, e para mim este mito caiu um pouco. Já acho, que tem eventos que tu podes começar tomando um espumante e terminar tomando um espumante, e tu tens o paladar perfeito das coisas, eu acho que isto daí é a grande coisa que me acrescentou, este tempo todo trabalhando com vinhos..

V&V - Fale um pouco do Propasta, projetos e coisas que estão acontecendo.
Cacá – Nosso bistrot funciona de segunda a sábado, no horário do almoço sempre servimos dois pratos, um buffet de saladas, montado bem no estilo de bistrot, bem decorado, com sabores caseiros que a gente visa mesmo é que a pessoa goste muito da comida. Então as coisas são feitas de coração, a gente não visa muito o valor das coisas, o lucro que se vai ter em cima disto, a gente visa a satisfação do cliente. Então a gente seleciona o material de primeira qualidade, para que as pessoas possam se sentir bem. E ai nos sábados é isto, a gente sempre escolhe um tema, agora no inverno estamos com as feijoadas.
V&V – Vocês realizam eventos também?
Cacá - Temos realizado eventos a noite.
V&V – Tem cursos ?
Cacá – Cursos, eu dou aula de gastronomia no Gremio Náutico União e agora recentemente acabamos a reforma da cozinha e estamos agendando alguns cursos.
V&V – Vocês realizavam algumas oficinas com crianças.
Cacá – Tínhamos antes oficinas infantis, a gente montou esta cozinha especialmente para as aulas, e ela ficou pronta há pouco tempo, então agora é que nós estamos vendo, já tem bastante gente interessada, até empresas, querem trazer as pessoas em vez de pagar um jantar em algum restaurante, fazer estes tipo de coisa. A idéia é trazer o pessoal aqui, vestir todo mundo de cozinheiro, e eles vão fazer o jantar, para unir mesmo as pessoas, digamos porque a cozinha é um ambiente bem descolado, bem tranqüilo.
V&V – Quantas pessoas por curso?
Cacá – Em torno de 12 pessoas por causa do espaço e geralmente não fica todo mundo lá dentro, junto com estes cursos tem degustação de vinho, então quem quiser ficar aqui tomando um vinho, ligamos uma câmara dentro da cozinha e colocamos telões aqui para o pessoal ficar assistindo nas mesas, e ao mesmo tempo podem ver tudo que está acontecendo na cozinha, e tu fica aqui tomando teu vinho, teu espumante e quando quer vai lá e faz alguma coisa, volta pra cá, a idéia bem é esta mesmo.
O Propasta fica na Av. Cristóvão Colombo, 3.133 - Porto Alegre (RS)
Telefone: 51 3023 5070 e-mail propasta@propasta.com.br - www.propasta.com.br


quarta-feira, 22 de julho de 2009

Degustação Temática no Tempero Rosa

Em agosto vamos avaliar cinco diferentes rótulos de Cabernet Sauvignon, em setembro será a vez de avaliar Merlot e Cabernet Franc, em outubro Barbera, Alicante, Teróldego, Tempranillo, em novembro passaremos para os brancos e em dezembro, fechando o ano, vamos abrir algumas garrafas de espumante. Este é o calendário de degustações que estamos preparando, os encontros serão realizados no espaço reservado do Tempero Rosa. Vamos seguir o mesmo procedimento de nossas outras reuniões: avaliações as cegas com um cálice para cada vinho degustado, ficha padrão da OIV para preenchimento, água mineral e bolacha de água e sal. Na sequência será servido um jantar especialmente preparado pela cozinha do Ronaldo. O primeiro encontro será com um grupo de 15 pessoas. Reservas e informações podem ser obtidas diretamente escrevendo para schumacher137@gmail.com

Obs.: as avaliações serão publicadas no blog.

sábado, 18 de julho de 2009

Sistema CCM Geovitícola

O "Sistema de Classificação Climática Multicritérios Geovitícola" constitui-se num intrumento concreto para situar as regiões vitícolas no contexto do geoclima da viticultura mundial (Tonietto & Carboneau, 2000). São utilizados três índices climáticos nesta classificação. O primeiro considera a presença de seca, que pode variar de moderada a muito forte, ou então a ausência de seca (sub-umido a úmido). O segundo mede horas de insolação e a soma de calor e o terceiro mede a temperatura noturna, ou mais precisamente o frio noturno. O cruzamento destes três índices permite conhecer o perfil de clima vitícola das diferentes regões produtoras.
Para exemplificar: Lujan de Cuyo (Argentina) é clima de seca moderada, quente e de noites frias. Santiago do Chile é de seca forte, temperado quente e de noites muito frias. Petrolina é de seca moderada, muito quente e de noites quentes. Bento Gonçalves é úmido, temperado quente e de noites temperadas e Las Brujas, no Uruguai, é subúmido, temperado quente e de noites temperadas.
O Sistema CCM Geovitícola pode ser aplicado para caracterizar qualquer região do mundo onde se produza vinho.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Quinta no Tempero Rosa

Quem primeiro me falou do tempero do Traira foi João Palmeiro, músico, compositor e violonista que aprendeu os acordes da Bossa Nova com o próprio João Gilberto, lá por 1960 numa época que o baiano morava no Hotel Majestic e tocava todas as noites no Farolito, um barzinho que ficava em frente ao Cinema Cacique, na Rua da Praia quase esquina com a Caldas Júnior. João Palmeiro é um apreciador de bons vinhos e já tomamos alguns cálices juntos, desde que o fiquei conhecendo alguns meses atrás. Conversamos muito sobre música, festivais daquele tempo, discos que ele gravou ou então sobre Garopaba e suas praias. É um homem da água, tem um caiaque oceânico e, sempre que pode, viaja para Santa Catarina, onde passa os dias remando pelo mar afora.

Toda quinta-feira Ronaldo, o Traira, prepara uma receita especial para o jantar. O lugar é muito bem freqüentado e a clientela vem de longe. Ontem lá estivemos para conhecer tão afamada cozinha. Fui acompanhado de duas belas Engenheiras Agrônomas, nesta nova investigação gastronômica. No Menu do dia havia dois tipos de lasanha, uma à bolonhesa e a outra aos quatro queijos. Muito saborosas, são anunciadas com o toque de um pequeno sino de bronze, toda vez que saem do forno, e colocadas sobre uma bancada rústica de madeira, todos podem se servir calmamente, sem atropelos. Algumas travessas com verduras diversas ficam ao lado, junto com azeites de boa procedência, vinagre e aceto balsâmico.

Para acompanhar, pedimos uma garrafa do Quinta Ribeiro de Mattos, Cabernet Sauvignon, safra 2005, que ocupa lugar de destaque entre os vinhos da casa. Creio que foi o suficiente para nós três e assim não excedemos a medida recomendada para maiores de 40 anos, por médicos de coração e alguns cardiologistas mais experientes. Nada mais falamos sobre as recomendações destes profissionais e tratamos de aproveitar a noite naquele ambiente acolhedor.

A decoração é do próprio dono, que possui uma oficina e pequena marcenaria no fundo do terreno, onde recupera as peças expostas. São estribos, tralhas de montaria, freios e bridons, diversas ferragens antigas e algumas gravuras com temas gauchescos. Diversas vezes Traira veio a nossa mesa e foi contando sobre o funcionamento da casa. Já tem dez anos, clientela cativa que aprecia a boa comida. São poucas mesas no salão principal com lugar para 30 pessoas talvez. Existe também uma área reservada com churrasqueira para realização de eventos. Parece que todo mundo se conhece de algum lugar, pois todos se cumprimentam ao entrar ou sair. O Tempero Rosa fica na Rua Visconde do Rio Branco, próximo da esquina com a Cristóvão Colombo, no tradicional bairro da Floresta.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Restaurante La Piedra

O Restaurante La Piedra, localizado no inicio da Praia da Pedra Redonda, a beira do Guaiba em Porto Alegre, já apresenta em sua carta de vinhos o Cabernet Sauvignon Quinta Ribeiro de Mattos nº2, safra 2005. Retornei agora a pouco de lá, depois de uma animada conversa com Manolo. Acertamos um jantar harmonizado com nosso vinho para a segunda semana de agosto. Já surgiram muitas idéias para menu deste dia, mas por enquanto ainda vai ficar em segredo. Em breve anunciarei no blog.
Quem quiser olhar o site do La Piedra é só clicar na imagem ao lado. Vale a pena, recomendo pois é de muito bom gosto: a construção do site, o cardápio, os diversos ambientes, as fotos com vista do Guaiba...

terça-feira, 14 de julho de 2009

A construção das pirâmides

Inicialmente desenhe um triângulo com três lados iguais, depois risque duas linhas horizontais paralelas separando-o em três camadas. A primeira servirá de base e sustentação para toda construção, coloque nela as marcas de vinho de consumo corrente. São fáceis de identificar e sempre aparecem em grande volume. No supermercado onde faço minhas compras elas escaparam do setor de bebidas alcoólicas e espalharam-se por toda loja, estão nos corredores de entrada e em pontos estratégicos, ao lado de balcões frigoríficos, onde ficam os cortes de carne, próximo de sacos de carvão ou de acessórios de churrasco – estamos na alta temporada dos vinhos tintos. São diversos rótulos de reservados chilenos, selección especial de Argentina e algumas caixas de nossas maiores vinícolas e cooperativas. Os preços desta camada variam entre R$10,00 e 20,00.

Na camada intermediária já aparecem vinhos mais elaborados, são mais estruturados, com passagem por barricas de carvalho americano ou europeu, tem potencial de guarda e envelhecimento em garrafa. São rótulos criados com o objetivo de reforçar a imagem e ocupam papel estratégico no crescimento das empresas. Os preços variam entre R$20,00, R$40,00 ou R$50,00/garrafa.

Lá no topo aparecem vinhos Gran Reserva, Premium ou Super-Premium, começam a partir de R$50,00 e vão subindo, os de US$100,00 são colocados neste lugar e outros vão muito alem deste valor. São poucas opções nas grandes redes distribuidoras, mas sempre ocupam um lugar especial e de grande visibilidade.

Algumas empresas utilizam estas representações gráficas, quando estudam o posicionamento de suas marcas no mercado. Aquelas que estão na base garantem o fluxo de caixa e movimentam a máquina. Por vezes, algumas marcas intermediárias são deslocadas para o andar de baixo alavancando novas estratégias, conheço uma que triplicou o volume comercializado de um ano para o outro. Desta forma, abrem espaço para novos lançamentos e garantem a renovação do portfolio.

Não são estruturas rígidas e são redesenhadas constantemente ao sabor dos ventos, das safras ou das preferências do mercado.

Para concluir, gostaria de lembrar que para colocar mais uma pedra lá no topo , sempre é bom ter uma estrutura forte na base.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Barbera

Vide essencialmente do Piemonte (Itália). Apresenta folha média, com seio peciolar estreito e geralmente fechado, a página inferior é revestida de penugem alva, em forma de teia de aranha. Cacho médio, cyllindrico ou pyramidal, basto; bago grande, oval com casca negro-violácea, pruinosa, coriacea, tânica, resistente ao mofo; polpa levemente endurecida, sabor ácido-vinoso.

O vinho produzido tem cor carregada, bella espuma; é agradavelmente amargo; adquirindo depois de velho, agradável perfume. A vide é rústica, fértil e vigorosa; de brotação tardia; adapta-se seja à poda curta ou longa; seu cavallo preferido é a Riparia Gloire.

Extraído do Manual do Viti-Vinicultor Brasileiro de Celeste Gobbato – Segunda Edição, ano de 1922, página 228.

O autor cita os vinhos premiados da cantina de A. Pieruccini de Caxias do Sul e menciona importantes vinhedos de Garibaldi e Porto Alegre.

A Barbera já foi uma das principais viníferas tintas cultivadas no Rio Grande do Sul, mas acabou entrando em declínio no final dos anos sessenta. Parreirais antigos, atacados por viroses ou com manejo inadequado, terminaram sendo abandonados ou substituídos por variedades francesas.

Recentemente alguns produtores decidiram investir novamente nesta uva, trouxeram mudas de clones italianos selecionados e estão formando vinhedos em novas regiões do estado. É o caso da Anghebem que possui uma área de terras em Encruzilhada do Sul, na Serra do Sudeste. Tive oportunidade de participar de uma degustação de vinhos da empresa, apresentada pelo enólogo Eduardo Angheben e a Barbera, foi a que melhor me impressionou.

domingo, 12 de julho de 2009

A cama de uma Anchova

Com um fino fio de azeite extra-virgem rabisque algumas linhas no fundo de uma travessa refratária. Cubra com rodelas de cebola e tomate. Tempere o peixe a gosto, com sal, pimenta do reino e limão, depois coloque na forma e leve ao forno pré-aquecido, deixe assar por aproximadamente 30 minutos. Tem dupla finalidade a cama assim preparada, primeiro impede que o peixe grude no fundo e ao mesmo tempo produz uma troca intensa de aromas e sabores que acentua e melhora o gosto da anchova.

Sirva acompanhada de arroz, batata cozida, alface e um pouco de brócolis.

Este foi meu almoço do último sábado, preparado pelo mago da cozinha portuguesa, o Senhor Antonio Magalhães e que gentilmente me ensinou os segredos desta receita trazida de sua terra distante.

Tomei dois cálices do vinho da casa, um corte de Cabernet Sauvignon e Merlot da Vinícola Valmarino. Um tinto jovem, de corpo médio, bem equilibrado, e com acidez correta. Casou muito bem com o prato. E a cama da anchova, por muitas vezes, deu-me a impressão de ser ainda mais saborosa do que ela própria.

sábado, 11 de julho de 2009

Cordão Esporonado

Esporão com duas varas desenvolvidas. A poda deste vinhedo deve ser realizada no início de setembro, quando aparecem os primeiros sinais de brotação nas gemas das pontas das varas. A vara da esquerda será totalmente eliminada e a outra cortada um pouco acima da primeira gema visível.





Espaldeira simples. Videira formada com um só braço, observa-se boa distribuição dos esporões ao longo do braço, com distância de 10-12cm entre as varas.








Espaldeira simples. Videira formada com dois braços. É uma opção do viticultor, estas fotos foram tiradas numa mesma área, são dois talhões vizinhos, alguns acreditam que esta forma proporciona uma distribuição mais equilibrada da carga de cachos de uva.


Varas entrecruzadas. Situação indesejável pois prejudica a boa insolação dos cachos e a ventilação adequada da folhagem, criando condições para o desenvolvimento de moléstias fúngicas. O correto é buscar o posicionamento vertical das varas ao longo do ciclo de crescimento e eliminando varas inclinadas.


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Festa Francesa no Caminho dos Antiquários

No próximo dia 11, entre 10:00 e 16:00horas, os Antiquários e demais expositores que participam da feira da Rua Marechal Floriano, no centro histórico de Porto Alegre, estarão trazendo peças de procedência francesa. Haverá um show especial com a acordeonista Janete Cecin. Palácios é o tema da caminhada orientada, que será conduzida por Claudio Calovi, professor de História da Arquitetura e Projeto Arquitetônico da Faculdade de Arquitetura da UFRGS, com doutorado plea M.I.T. (Cambridge).
As inscrições devem ser feitas pelo e-mail vivaocentroape@gmail.com, ou pelo telefone (51)3289.3738. Em caso de chuva a programação será transferida para o próximo sábado.

Brazil's Two Wine Markets

Está disponível no site da South African Wines este estudo da Meininger's, clique aqui para ler o texto na íntegra. Faz parte do VINITRAC GLOBAL PROJECT que analisa comportamento e preferências de consumidores habituais de vinho em 15 diferentes mercados internacionais. No caso brasileiro, as cidades escolhidas foram Rio de Janeiro e São Paulo. Ilustrado com excelentes gráficos, mostra diferenças e semelhanças, frequência de consumo, marcas preferidas, procedência dos vinhos, motivação na compra etc... Para ler e guardar, arquivei junto com o Plano Visão 2025.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Inverno no Vale dos Vinhedos

Na apresentação de slides desta semana aparecem diversas imagens do Vale, vinhedos com desfolha completa após fortes geadas, que ocorreram na última semana, diversas paisagens, plátanos podados e a galharia das videiras. É um bom momento para observar como foi conduzida a parreira e a distribuição das varas. Para ver imagens ampliadas clique sobre a apresentação. Estou substituindo estas apresentações semanalmente tentando mostrar as mudanças no tempo e as atividades nos parreirais. As imagens permanecem depois em Albuns da WEB.

domingo, 5 de julho de 2009

Maria Antonieta de Sofia Coppola


No trailer aparecem alguma cenas com o modelo de taça. Com Kirsten Dunst no papel principal, mais Jason Schwartzman e Judy Davis. Filme de 2006.

A condenação de Maria Antonieta

Tinha nove anos quando meu pai serviu minha taça de champagne e, pela primeira vez em minha vida, escutei ele contar esta verdadeira história. O jovem Rei Luis XVI apaixonado pela rara e extrema beleza dos seios de sua esposa, decidiu eternizar tamanho encanto e fermosura. Chamou então os melhores artífices do reino e ordenou que aqueles delicados e suaves contornos, fossem reproduzidos em forma de taças do mais puro cristal. Sonhava em poder beber daquela fonte de inspiração por toda sua vida. Maria Antonieta não corou ao desnudar-se para as primeiras provas, fez isto com muito sentimento e retribuição aos desejos de seu amado. Logo todos puderam conhecer o magnífico resultado alcançado e as taças fizeram muito sucesso por salões de palácios e castelos de toda França.

Minha mãe, que tinha alguma ascendência francesa, não tomava vinho e não aprovava estas libações precoces, costumava contar em versos de rima única o trágico destino da rainha e com irônica crueza nos fazia saber das dilacerações mais íntimas de Marie Antoinette. Aos poucos, durante a celebração das festas de fim de ano, entre borbulhas e taças transbordantes dos melhores espumantes de Garibaldi, meus irmãos, primos e primas, inspirados por estes mesmos versos, iam recriando todo o drama, com novos versos, mas com a mesma rima. Muitas vezes eles ganhavam ritmo, misturando-se com os sons que vinham do toca-discos da sala de estar. Minha avó paterna, Christine Julie, gostava muito de cantar nestes encontros de família e nos ensinava canções, que os trabalhadores das minas de carvão extraiam das profundezas do vale do Ruhr. E quase sempre terminávamos estas noites celebrando a derrubada da monarquia e renovávamos nossas esperanças pelo fim de todas as formas de opressão do homem e da mulher.

Hoje em dia elas caíram no mais completo desuso, são inadequadas para apreciação de um espumante, não permitem uma boa visualização das borbulhas, os aromas perdem-se rapidamente. Viraram peças de colecionadores, ou servem então para o preparo de sobremesas requintadas. A minha Maria Antonieta era única, ficava o ano inteiro na cristaleira da sala de jantar e apenas nestas ocasiões tinha o prazer de tocar suas formas, e foi assim por muitos anos. Nunca mais a vi, extraviou-se entre tantas mudanças que conheci ao longo de minha vida, mas nunca perdi o gosto que ela me trazia.

sábado, 4 de julho de 2009

Domingo no Lorita

No próximo domingo, o Restaurante Lorita vai preparar um menu especial com aromas provençais. Como entrada será servido Consumê Medieval de Cenouras, o prato principal sugerido é uma picanha de cordeiro ao molho rôti com quinua e legumes e a sobremesa encantada será mousse de baunilha com framboesas frescas.
O almoço será realizado na parte nova da casa, onde a parreira foi coberta e as mesas estão dispostas entre uma pequena lareira e uma salamandra.
Para quem desejar algo diferente da sugestão, o Chef Peter Knoblich se dispõe a um menu confiança.

Reservas: 3264 6000

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ahr Weinregion

Gergely Kundermann é um estudante de Geografia da cidade de Pecs, Hungria. No ano passado trabalhou durante dois meses nesta pequena região vinícola da Alemanha. Recentemente me enviou algumas fotos e escreveu um breve relato de seu estágio. A área total de vinhedos é de cerca de 500 ha, o Vale do Ahr tem 30 km de extensão. Predominam uvas tintas, é a região preferencial para o cultivo de Spatburgunder (Pinot Noir), Dornferdel e Cabernet tambem são cultivadas. Entre as brancas, destacam-se a Riesling, cerca de 10% e Muller Thurgau. Gergely quer especializar-se em Enoturismo, este ano pretende percorrer as regiões vitícolas de Portugal da mesma forma, trabalhando nos vinhedos, colhendo uva e caminhando entre uma e outra cidade.

Na foto de uma paisagem do Ahr (no alto da página), inseri um link para os vinhos da região.

Die Weinen ein bischen schlanker, aber sehr fruchtis. Gibt es immer mehrer guten Weinen. Gergo Kundermann

Inverno em Santa Lúcia

Vídeo da paisagem de Santa Lúcia, no coração do Vale dos Vinhedos, mostrando parreirais com desfolha completa, após ocorrência das primeiras geadas deste início de inverno.