El vino da brillantez a las campiñas, exalta los corazones, enciende las pupilas y enseña a los pies la danza. José Ortega y Gasset (1883-1955).

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Outono no Vale dos Vinhedos - 1ª Parte

Este é um roteiro escrito para os amantes das longas caminhadas, para quem gosta de sair por aí com uma máquina fotográfica na mão, registrando coisas que encontra pela frente.

Publico algumas fotos que tirei no último primeiro de maio. A maneira mais prática de alcançar o coração do Vale dos Vinhedos é tomar um taxi. Costumo pega-los na Praça da Igreja do Cristo Rei, na parte alta de Bento Gonçalves. Quase todos motoristas deste ponto são ou foram moradores da região, alguns conseguiram preservar um pedaço de terra onde construiram suas casas de fim de semana. Conhecem as vinícolas, são versados em vitivinicultura (tem um que é formado em Enologia), discutem a formação do preço mínimo da uva e conhecem muitas histórias, basta escolher o assunto e provocar a conversa. Você pode pedir para seguir pela estrada da Leopoldina, ou então da Graciema. Fique cuidando o taxímetro, quando chegar em R$15,00 ou R$18,00 peça para descer e olhe a sua volta, você estará cercado de parreiras por todos os lados

Seguindo pela Graciema, chega-se bem próximo do Restaurante Sbórnea's, o Hotel Villa Michelon fica logo atras, Don Laurindo e Milantino tambem estão por perto. Para caminhar tranquilamente, fuja da RS-444, é um estrada sem acostamento e com movimento intenso de veículos, especialmente em feriados e finais de semana, e que não oferece segurança para os adeptos deste tipo de turismo, nem para os que preferem descobrir estes caminhos pedalando uma bicicleta.




Esta estrada com uma fileira de plátanos recem podados leva até o 15 da Graciema, ali existe um cruzamento, a Estrada de São Gabriel fica à esquerda, e seguindo em frente você vai dar em Santo Alexandre ou na linha Araripe, dentro do município de Garibaldi. Existem vinícolas com produção limitada e vinhos de qualidade reconhecida, produtores de sucos, geléias, produtores orgânicos, é a chamada Estrada do Sabor. Em algumas propriedades os parreirais cedem espaço para pastagens com vacas leiteiras muito bem cuidadas.




























Desde o final do verão e durante todo outono as folhas das parreiras vão modificando seu aspecto e coloração, muitos vinhedos já perderam toda folhagem, outros ainda a conservam e resistem até a chegada das primeiras geadas de maio e junho.

Os açudes estão com pouca água devido a forte estiagem dos últimos dias. Alguns são povoados com carpas, pacús, tambaquis, alevinos distribuidos pelo serviço de extensão rural e prefeituras. Tambem tem muita rã touro gigante, que infelizmente não chegam nos restaurantes locais.












Estradinha colonial dividindo duas propriedades rurais. Provavelmente mede 1.100 m, o comprimento usual desta medida de área, utilizado durante a demarcação dos lotes, no quartel final do século XIX.










Vista de Santa Lúcia, Paredão da Cascata da Eulália e Faria Lemos ao fundo.






Neste local costumo fazer uma parada para descansar e tomar um pouco de água. É o Armazem Zottis, servem sanduiches e a lanches rápidos, uma boa pedida é um prato de salame e queijo cortado a faca. Quem preferir, pode tomar cerveja gelada ou vinho colonial. Outra alternativa é comprar uma garrafa de vinho em alguma cantina do caminho, preparar um farnel no armazem e procurar a sombra em alguma beira de mato.

Obs.:¹ não esqueça de pedir um cartão com o nº de telefone do taxista ou do ponto, existem alguns ônibus que ligam Monte Belo do Sul com Bento Gonçalves, mas os horários são reduzidos.
Obs.:² leve um canivete com saca-rolha.

-Fim da primeira parte-



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