El vino da brillantez a las campiñas, exalta los corazones, enciende las pupilas y enseña a los pies la danza. José Ortega y Gasset (1883-1955).

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Barbera

Vide essencialmente do Piemonte (Itália). Apresenta folha média, com seio peciolar estreito e geralmente fechado, a página inferior é revestida de penugem alva, em forma de teia de aranha. Cacho médio, cyllindrico ou pyramidal, basto; bago grande, oval com casca negro-violácea, pruinosa, coriacea, tânica, resistente ao mofo; polpa levemente endurecida, sabor ácido-vinoso.

O vinho produzido tem cor carregada, bella espuma; é agradavelmente amargo; adquirindo depois de velho, agradável perfume. A vide é rústica, fértil e vigorosa; de brotação tardia; adapta-se seja à poda curta ou longa; seu cavallo preferido é a Riparia Gloire.

Extraído do Manual do Viti-Vinicultor Brasileiro de Celeste Gobbato – Segunda Edição, ano de 1922, página 228.

O autor cita os vinhos premiados da cantina de A. Pieruccini de Caxias do Sul e menciona importantes vinhedos de Garibaldi e Porto Alegre.

A Barbera já foi uma das principais viníferas tintas cultivadas no Rio Grande do Sul, mas acabou entrando em declínio no final dos anos sessenta. Parreirais antigos, atacados por viroses ou com manejo inadequado, terminaram sendo abandonados ou substituídos por variedades francesas.

Recentemente alguns produtores decidiram investir novamente nesta uva, trouxeram mudas de clones italianos selecionados e estão formando vinhedos em novas regiões do estado. É o caso da Anghebem que possui uma área de terras em Encruzilhada do Sul, na Serra do Sudeste. Tive oportunidade de participar de uma degustação de vinhos da empresa, apresentada pelo enólogo Eduardo Angheben e a Barbera, foi a que melhor me impressionou.

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