El vino da brillantez a las campiñas, exalta los corazones, enciende las pupilas y enseña a los pies la danza. José Ortega y Gasset (1883-1955).

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ch'ng Poh Tiong

CH’NG Poh Tiong é editor das revistas Wine Review, Chinese Bordeaux Guide, Tables, Aussie Rules, Asian Sommelier Guide e colunista da Decanter, Singapura. É dele o texto “Compreender os gostos e as expectativas dos consumidores de vinho do mercado asiático”, tema de Seminário no ENOFORUM de Piacenza, Itália. Vale a pena conhecer este e outros trabalhos do autor, o texto integral está disponível na Revista Internet de Viticultura e Enologia nº3/2009 em www.infowine.com . Sublinhei algumas observações sobre diferentes hábitos e costumes de indianos, chineses, coreanos, japoneses, indonésios, malásios....

Na China, país do chá, as pessoas do norte preferem o chá oolong semifermentado ao chá verde, não fermentado, que é o favorito em Xangai. Esta cidade, na zona central da China, e toda região abaixo é considerada sul. Contudo, se formos ainda mais para o sul, para as províncias de Fukien e Guangdong até Hong Kong, os chineses preferem oolong e chá preto, tal como no norte, sabe-se lá porque motivo, é o paradoxo chinês. Os habitantes de Pequim preferem o pato assado, enquanto que os de Xangai preferem frango. Os do norte preferem massas, bolos e pão, enquanto no sul o produto principal é o arroz, porque é facilmente cultivável. Historicamente e mesmo nos dias de hoje, as pessoas que vivem perto do mar costumam ter mais oportunidades econômicas e comerciais, incluindo maior facilidade de emigração, do que as que vivem no interior. A posição geográfica influencia diretamente a gastronomia: os que vivem perto do mar apreciam mais peixe e marisco, descobrindo muitas formas de prepará-los, devido a grande quantidade de ingredientes disponíveis, enquanto que os que vivem no interior costumam comer mais carne. Por estarem habituados com cozinhas, ingredientes variados, pratos complexos e muito diferentes entre si, são consumidores que não encontram dificuldade maior para distinguir nuances e sutilezas de gosto ou aroma. Por este motivo, os orientais são capazes de apreciar diversos tipos de vinho, porem não significa que o possam compreender. É como alguém que não conhece chá, e descobre que existem 5 grupos diferentes de chá e que nesses 5 grupos existem muitos mais chás diferentes.

Se alguém pretende vender vinho nestes mercados, precisa circular pelas ruas, conhecer hábitos e costumes, descobrir sabores de cada cozinha e impregnar-se da cultura local, desta forma conseguirá definir seu próprio vinho através de novas perspectivas.

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