4.093.000 litros de Periquita, esta foi a produção de vinhos desta marca na safra 2005, principal rótulo da José Maria da Fonseca, empresa familiar, fundada por volta de 1850. 85% da produção são exportados, atendendo mercados de paises como Suécia, Dinamarca, Noruega, Canadá, EUA e Brasil. É a marca de vinho de mesa mais antiga de Portugal, tendo sido registrada em 1941. A JMF cultiva 683 hectares de vinhedos próprios, distribuídos em diversas regiões, a maior parte em Setúbal e no Alentejo.
Portugal com seus 92.391 km², área pouco maior que a soma dos territórios do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, possui 248.880 hectares plantados com vinhas, praticamente sete vezes toda a viticultura do Rio Grande do Sul, e, se considerarmos apenas nossa produção de uvas viníferas, chegaremos a resultados, no mínimo, perturbadores. Aos olhos de nossa jovem e iniciante viticultura, estes números podem provocar alguma inquietação, pode parecer assustador até, esta verdadeira revoada de garrafas aladas atravessando o Atlântico, quase um cena de Hitchcock, mas devemos examiná-los com desassombro, pois, afinal de contas, boas parcerias vêm surgindo nos últimos tempos. Há um intercâmbio técnico crescente, enólogos e agrônomos portugueses visitam nossas regiões produtoras com regularidade, sendo que muitos aparecem por aqui espontaneamente em suas andanças pela América do Sul. Muitos de nossos técnicos e pesquisadores têm realizado viagens de estudos e estágios práticos em cantinas portuguesas. Algumas castas portuguesas começam a ser testadas em novas regiões do estado, alguns vinhedos mostram resultados promissores, e acordos comerciais entre empresas dos dois paises estão em pleno vigor.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Tomara que estas parcerias resultem em vinhos de tanta qualidade, quanto ao Periquita, para apreciarmos no restaurante O Porto de nosso amigo "portuga" Magalhães.
Postar um comentário